Todas as revoluções industriais marcam um período de transição na história da humanidade. Depois da primeira revolução industrial, com o aparecimento da máquina a vapor, da eletricidade e produção em massa, associadas à segunda revolução industrial e ao aparecimento dos primeiros computadores pessoais e internet, relacionados com a terceira revolução industrial, chegamos agora à 4ª revolução industrial.

Esta quarta revolução tem um caráter diferente das anteriores, uma vez que é caracterizada por várias tecnologias que possibilitam a interligação entre o mundo físico e o digital, tendo impacto em todas as áreas de atividade, economias e indústrias.

Esta ligação entre sistemas digitais, físicos e biológicos, traz desafios à própria definição do significado de ser humano. De acordo com o WEF - World Economic Forum, a tecnologia irá evoluir tanto que se tonará difícil de distinguir o que é natural e o que é artificial.

 

“Uma das características da quarta revolução industrial é que não altera aquilo que fazemos, mas muda-nos a nós.”

- Klaus Schwab, Fundador e Presidente Executivo do Fórum Económico Mundial

 

 

 

No vídeo do WEF, também o modelo económico ideal para esta nova era digital é discutido. Stewart Wallis, da New Economics Foundation, refere a importância de haver uma alteração no sistema económico atual, para que este consiga suportar as necessidades básicas de todos os seres humanos, seja sustentável do ponto de vista ambiental, mais justo e que tenha a maximização do bem-estar humano como objetivo principal, ao invés do crescimento económico associado aos modelos que dominaram anteriormente.

A transformação dos valores das comunidades e as cidades do futuro também são mencionadas no vídeo. Neste tópico, fala-se sobre o impacto que novas tendências tecnológicas como a impressão 3D e a robótica terão na sustentabilidade das cidades do futuro e na satisfação e felicidade dos seus habitantes.

Relativamente à utilização de energia, o grande desafio será criar uma rede integrada de produção mundial de energias renováveis, em permanente funcionamento e que alcance todos os habitantes do planeta.

 

“Eu gosto de pensar que estamos a chegar à fase final de um período na história da humanidade em que utilizámos combustíveis fósseis, que foram muito úteis durante muito tempo, mas agora chegou a altura de mudar. Nós já temos as tecnologias necessárias para fornecer energia a toda a humanidade: solar, eólica, biomassa.”

- Naomi Oreskes, Harvard University

 

O trabalho será também afetado pela quarta revolução industrial, com o papel dos colaboradores a ser alterado para maximizar o potencial das tecnologias. As funções e competências necessárias serão modificadas, mas não deixarão de existir setores como a construção, manufatura, saúde ou educação. Alguns trabalhos, mais repetitivos, poderão ser substituídos por algoritmos e máquinas com inteligência artificial, mas, em contrapartida, haverá a criação de trabalhos ligados à tecnologia.

Assista ao vídeo e descubra como a quarta revolução industrial terá impacto no ambiente, na economia, na saúde, no futuro do trabalho, na educação ou na partilha de conhecimento.

 

“Devemos aceitar a responsabilidade a todos os níveis sociais, desde individual e pessoal, a institucional e global, de nos adaptarmos a estes desafios e mudanças tecnológicas que estão a redefinir o que significa ser humano, trabalhar e estar totalmente integrado no mundo.”

- Jon Kabat-Zinn, University of Massachusetts

 

 

 

Escrito por:
Openlimits

Junho 26, 2017 - 10:04:00

Olá Ivan, Antes de mais, agradecemos o seu comentário e o interesse demonstrado. Esse tópico será abordado num dos próximos posts de blog. Fique atento! Cumprimentos

Escrito por:
Mafalda Martins

Junho 24, 2017 - 20:07:59

Caros, Acompanhando as tendências predictivas da era digital, gostaria de um esclarecimento: Como os países que estão em processo de desenvolvimento irão equacionar a questão da falta de especialização dos trabalhadores de sua população?

Escrito por:
Ivan de Almeida

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