Inovação e Tecnologia

10 Tendências Tecnológicas para 2020

Dezembro 10, 2019

Descubra quais as principais tendências tecnológicas para 2020.

A próxima década está a aproximar-se e, com o final de ano, surgem vários estudos sobre quais as tendências tecnológicas que irão ter maior impacto em 2020. Um dos mais importantes é o estudo anual da Gartner que prevê quais as tecnologias que alterarão mais a sociedade e as empresas no ano seguinte. Descubra quais as previsões da Gartner para 2020 segundo o “Top 10 Strategic Technology Trends for 2020”.

 

10 Tendências tecnológicas para 2020

A análise destas tendências foi realizada com o foco em “people-centric / smart spaces”, ou seja, como é que estas tecnologias irão afetar as pessoas (ex.: consumidores, colaboradores) e os espaços em que vivem (ex.: casa, escritório, carro).

1 – Hiperautomatização

Se em 2019 começámos a ter contacto com automação, em 2020 experimentaremos a hiperautomatização, ou seja, a aplicação de várias tecnologias avançadas, como a Inteligência Artificial (IA) ou o Machine Learning (ML) para automatizar processos. Para as empresas, esta tendência é uma oportunidade de perceberem como é que as funções, processos e Indicadores do negócio podem interagir entre si para serem otimizados.

 

2 – Multiexperiência

Nesta tendência, a tecnologia passa a ser encarada como um todo, com vários pontos de contato com os quais as pessoas interagem. Ou seja, deixa de haver um único ponto de interação encarado de forma singular, como tradicionalmente pensávamos no computador, por exemplo, e teremos vários interfaces multissensoriais e com vários pontos de contacto, que incluem os dispositivos wearable ou sensores avançados de computadores.

Por exemplo, a marca Domino’s Pizza criou uma multiexperiência que envolvia a encomenda através de uma app, a entrega da pizza através de carros autónomos, sempre com localização de rastreio e comunicações inteligentes ao longo de todo o caminho.

Atualmente, os pontos de contacto mais utilizados para criar estas multiexperiências incluem Realidade Aumentada (AR), Realidade Virtual (VR) ou interfaces multicanal que envolvem humanos e máquinas.

 

3 – Democratização da tecnologia

A democratização da tecnologia significa que mais pessoas terão acesso facilitado a conhecimento técnico ou de negócio sem necessitar de um treino extensivo e caro. Esta tendência está relacionada com quatro áreas principais: desenvolvimento de aplicações, data & analytics, design e conhecimento. Ou seja, o conhecimento passa a estar acessível ao cidadão comum, e não apenas a cientistas ou profissionais que trabalhem na área da tecnologia.

Esta democratização permitirá que surjam, por exemplo, desenvolvedores que gerem modelos de dados sem terem os conhecimentos de um data scientist. Em vez disso, contarão com o apoio de desenvolvimento orientado pela Inteligência Artificial para gerar código e com a automatização para realizar os testes.

 

4 – Human Augmentation

A Human Augmentation é a utilização da tecnologia para aprimorar as experiências cognitivas e físicas de uma pessoa. Já existem, por exemplo, várias empresas da indústria automóvel ou mineira que usam wearables para melhorar a segurança dos seus colaboradores. Na parte cognitiva incluem-se as aplicações e tecnologias que ajudem a melhorar a aprendizagem humana, como implantes físicos que lidem com o raciocínio cognitivo.

Esta tendência é uma das que está mais envolta em controvérsias culturais e éticas. O caso de tecnologias CRISPR para manipulação genética, por exemplo, tem implicações éticas significativas.

 

5 – Transparência e rastreabilidade

A evolução da tecnologia tem levantado cada vez mais questões sobre a forma como os dados dos consumidores estão a ser recolhidos e usados. Além disso, a Inteligência Artificial (IA) e o Machine Learning (ML) cada vez mais tomam decisões que antes seriam tomadas pelos humanos, fazendo surgir a necessidade de algum tipo de supervisão deste tipo de tecnologias.

Esta tendência requer o foco em seis elementos chave: ética, integridade, abertura, responsabilidade, competência e consistência.

Torna também necessária a criação de legislação, como o RGPD (Regulamento Geral da Proteção dos Dados), em vigor na União Europeia, que estabeleça algumas regras básicas e promova uma evolução responsável.

 

6 – Edge Computing e Internet of Things (IoT)

O Edge Computing é uma tendência tecnológica em que a recolha, processamento e distribuição da informação é colocada mais perto das fontes de informação, com o objetivo de manter o tráfego local e reduzir a latência. Isto envolve todos os dispositivos de Internet of Things (IoT). Isto faz com que as tecnologias estejam mais próximas das pessoas e dos dispositivos que utilizem e ajudem a construir as bases de espaços inteligentes.

 

7 – Distributed Cloud

A Distributed Cloud refere-se à distribuição de serviços públicos de cloud para locais fora dos datacenters físicos do fornecedor, mas que continuam a ser controlados por esse fornecedor. Isto leva-nos a uma nova era de Cloud Computing. Com a Distributed Cloud passa a ser possível que os data centers se localizem em qualquer local. Isto resolve os desafios técnicos, como a latência e também os desafios legais, como a soberania dos dados. Além disso, permite aceder aos benefícios de um serviço de cloud pública juntamente com os benefícios de cloud privada e local.

 

8 – Dispositivos autónomos

Nesta tendência incluem-se todas as “coisas” autónomas, como drones, robots e equipamentos que usam a Inteligência Artficial (IA) para realizar tarefas que são, normalmente, feitas por humanos. Embora, neste momento, a maioria destas tecnologias apenas sejam usadas em espaços controlados, como um armazém ou uma mina, eventualmente irão evoluir e estar disponíveis em espaços públicos.

 

9 – Blockchain usada na prática

A Blockchain é uma tecnologia em rede que permite o registo e partilha de dados transacionais em cadeia entre entidades diferentes. A informação é armazenada em bloco permitindo assim a distribuição e descentralização da mesma, impedindo que uma entidade seja sua detentora.

Embora esteja a ser cada vez mais utilizada, a Blockchain continua imatura quanto à sua implantação em empresas devido a vários desafios técnicos, incluindo baixa escalabilidade e interoperabilidade. No entanto, já começam a surgir evoluções e cada vez mais empresas têm começado a integrar esta tecnologia nos seus processos, criando modelos privados e mais tradicionais.

No futuro, quando esta tendência atingir a sua maturidade, espera-se que a Blockchain venha a revolucionar indústrias e, eventualmente, até a economia, à medida que tecnologias complementares, como a Inteligência Artificial (IA) e a Internet of Things (IoT) se começarem a integrar no Blockchain. Isto faz com que as próprias máquinas passem também a interagir com o Blockchain e passem a fazer transações de dinheiro e outros ativos. Por exemplo, passará a ser possível que o próprio carro negoceie os preços diretamente com a empresa seguradora, com base nos dados recolhidos pelos sensores.

Segundo a Gartner, a Blockchain, que já está a ser usada em projetos experimentais e de pequeno alcance, será totalmente escalável em 2023.

 

10 – Segurança baseada em Inteligência Artificial

Todas as tendências mencionadas anteriormente carregam consigo um potencial de evolução e transformação imenso no mundo empresarial. No entanto, fazem surgir também novas vulnerabilidades de segurança. A Inteligência Artificial (IA) será a chave para lidar com estas novas ameaças, sobretudo através da proteção dos próprios sistemas de IA, aproveitando o Machine Learning (ML) para aperfeiçoar a segurança e entender padrões e ataques.

 

Outras tendências que se vão sentir em 2020

Além das tendências identificadas pela Gartner, há também outras tecnologias que vão ser protagonistas de diversas alterações durante o próximo ano.

- Rede 5G

As redes 5G vão ser a próxima revolução na área das comunicações móveis. Comparada com as redes anteriores, a 5G oferece maior velocidade de transmissão (100x mais rápida que a rede 4G) e, assim, o cenário perfeito para que dispositivos IoT se conectem entre si, de modo quase imediato e sem qualquer falha, incluindo drones, carros autónomos e outros dispositivos que fazem parte de cidades inteligentes.  

Pela negativa, surge o facto da rede 5G ter associada a emissão de radiação de radiofrequência, podendo levar a impactos nocivos no meio ambiente, problemas de saúde, envelhecimento prematuro, danos no DNA, interrupção no metabolismo celular, etc. Isto deve-se ao facto das torres que emitem 5G serem mais potentes e, portanto, terem maior impacto na radiação que emitem para o ambiente envolvente.

 

- Condução Autónoma

Em 2019 já foram iniciados vários testes em espaços públicos que incluem carros autónomos em Portugal, e espera-se que nos próximos anos sejam cada vez mais frequentes. Embora seja uma das tendências em maior desenvolvimento, segundo a Gartner ainda é necessário que haja um enquadramento legal que tenha em conta as questões éticas e sociais relacionadas com a automação autónoma. Enquanto isso não acontece, muitas das funções utilizadas nos carros atuais já contam com automação que tornam a condução mais eficiente e segura, como as travagens automatizadas, a conexão com outros carros e com o fornecedor de origem e a recolha de dados e capacidade de analítica do sistema.

 

- Inovação na medicina

Uma das tendências mais antecipadas é a inovação e sofisticação no campo médico. A impressão 3D fará surgir um avanço na indústria das próteses. Recentemente, por exemplo, os cientistas da Rensselaer Polytechnic Institute de Nova York, em conjunto com a Yale School of Medicine conseguiram produzir pele viva, com vasos sanguíneos, recorrendo a impressão 3D.

 

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