Ao longo do tempo as empresas têm tentado encontrar novas formas, mais eficazes e eficientes para facilitar e obter melhores resultados nas mais variadas vertentes. Esta visão tornou-se mais evidente com a 1ª Revolução Industrial, onde o foco foi o desenvolvimento do processo de produção mecanizada, evoluindo mais tarde com o surgimento da eletricidade para fomentar a produção em escala e finalmente com o aparecimento da automatização desta produção através da computação. Almejando sempre mais, presenciamos atualmente a transição para a 4ª Revolução Industrial, para o qual surgiu o conceito de Indústria 4.0 que tem vindo a tomar forma na europa e hoje em dia em Portugal.

O objetivo é que as nossas empresas se enquadrem nas cadeias de valor de clientes e fornecedores internacionais através da adoção de novas e inovadoras tecnologias e em que pela primeira vez a localização geográfica se torna irrelevante. Esta 4ª Revolução, onde o físico, o digital e o biológico se combinam para potenciar a Transformação Digital, é alimentada pela redução exponencial nos custos de produtos, como robots e drones, e serviços tecnológicos, como o armazenamento na cloud e impressão em 3D, ao longo dos últimos anos. Esta redução de preços pode ser vista como uma moeda de duas faces, em que por um lado temos oportunidades e do outro ameaças.

As oportunidades surgem naturalmente pela maior facilidade encontrada por startups e PMEs para chegar até produtos e serviços tecnológicos que seriam impossíveis obter no passado devido aos elevados custos e desenvolverem a partir daí o seu negócio. Por outro lado, com o aumento de oportunidades também há, por consequência, um aumento na concorrência do mercado por empresas que exploram novas soluções mais inovadoras, tentando sempre encontrar um ponto diferenciador.

“The EU Grants Advisor consortium is a clear and logical step to kick-start SME growth across the region. The SME Union has always recognized that structural funds are the catalyst to growth in this sector.”

- Jacques Santer, President of the SME Union and Formeer European Commission President

É com esta noção clara que a Microsoft se posiciona desde 2004 em conjunto com a Comissão Europeia, na iniciativa European Union Grants Advisor (EUGA). Esta surge depois de respondida uma questão essencial: porque é que existem 200 bilhões de euros disponíveis na europa para projetos e as empresas apontam como maior necessidade o acesso a financiamento? Foram apurados dois problemas principais: primeiro, apenas 45% das empresas conheciam a existência de fundos comunitários (tendo apenas 4% já se candidatado) e a taxa de sucesso das candidaturas rondava os 25% (resultando em apenas 1% das empresas a beneficiar de apoios).

Com estes problemas enumerados, o EUGA foi criado com dois objetivos muito específicos, baseados no preenchimento das lacunas identificadas anteriormente. Numa primeira fase aumentar o awareness das empresas para a existência dos fundos e enquadrar os seus possíveis projetos nos incentivos específicos que existem, e numa segunda fase fornecer o serviço a estas empresas de elaborar a candidatura, submissão e futuro acompanhamento do projeto, já que é essencial aumentar a taxa de aprovação das candidaturas. Todos estes processos são desenvolvidos por consultores especializados do European Grants Advisor nos diversos incentivos existentes.

Até à data mais de 113.000 empresas europeias e 431 entidades públicas já contactaram o European Grants Advisor à procura de apoio, sendo possível comprovar o sucesso desta iniciativa pelos mais de 8.100 projetos submetidos apenas no anterior quadro comunitário que deram origem a um investimento de 800 Milhões de euros.

Surge também, na sequência desta iniciativa, o Programa MAIS (www.programamais.pt), iniciativa da Microsoft em conjunto com o Governo de Portugal, com os mesmos fundamentos e objetivos do EUGA, apenas adaptado à realidade do nosso país.

O Programa MAIS oferece, numa primeira etapa, gratuitamente os serviços dos consultores especializados para a pesquisa e análise de enquadramento dos projetos das empresas nos incentivos do Portugal 2020. Numa segunda fase, e no caso de enquadramento com sucesso de um projeto, a equipa de consultores poderá elaborar a candidatura ao projeto e fazer todo o acompanhamento durante os 24 meses.

O espaço temporal desde o primeiro contacto até à aprovação da candidatura varia consoante o projeto. Esta eficiência também é evidente pela taxa de sucesso das candidaturas submetidas através do Programa MAIS, que se situa neste momento superior a 90%. Sendo que a média nacional ronda os 33%, este constitui um fator diferenciador em relação à concorrência.

As empresas portuguesas também têm uma vantagem pois Portugal está enquadrado nos fundos europeus numa posição privilegiada, tendo a si atribuídos 25 mil Milhões de euros para projetos até ao ano de 2020, isto porque a maior parte do seu território possui um PIB/capita inferior a 75% da média europeia.

Como parte do comité estratégico da Indústria 4.0, estamos empenhados em ajudar as empresas também na obtenção de financiamento através de fundos comunitários. Esta é uma iniciativa do Ministério da Economia com o principal objetivo de acelerar a adoção destas tecnologias por parte das empresas, definindo a estratégia para a competitividade do nosso país num mundo digital. Foi selecionado um conjunto alargado de medidas entre as quais se adaptam alguns dos fundos do Portugal 2020 para facilitar este fim.

Estas empresas vão-se poder capacitar, conquistar novos mercados, inovar e desenvolver novos produtos através de fundos não reembolsáveis, podendo conhecer e enquadrar os seus projetos através de consultores especializados do European Grants Advisor (www.programamais.pt).

Publicação escrita por: Bruno Rodrigues e Rafael Fernandes Microsoft European Grants Advisor

Escrito por:
Openlimits

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